Para não dizer que não falei sobre o Natal, uma pequena reflexão, pois com a chegada deste fim de ano, o cansaço já dá o ar de sua des-graça.
Natal, nascimento, natividade. Deus se torna, como nós, um nativo. Nascido entre nós. Nascido sob nós, abaixo de nós, no último degrau da escala de valores do império. Escravo nato, um pouco latino-americano, um pouco africano, um pouco mulher, um pouco imigrante...
Em seu pequenino rosto infantil encontramos todas as faces que choram e clamam. Em seu rosto crispado na cruz ressoam todos os clamores. Em seu pequenino rosto infantil, a alegria de toda a terra. Em seu rosto resplandescente na ressurreição, o júbilo de todas as pessoas que clamaram e choraram: foram ouvidas!
Natal: uma parceria imensurável. Não se trata de Deus chegar perto de nós. Não se trata de abrir as portas para irmos ao Seu encontro. Não se trata de transformar o tempo e o espaço da criação. Trata-se, sim, de Deus se tornar um de nós. Tornar-se nascido. Tornar-se nato. Tornar-se nativo. Tornar-se o que nunca deixou de ser: um de nós. Natal: divinização do humano na humanização do divino.
Não mais dois, apenas um.
Texto simples, profundo e lindo. Parabéns Professor. Estou com saudades de nossos encontros, vamos marca algo? Precisamos colocar o papo em dia...
ResponderExcluirFeliz Natal e um próspero ano novo!
Rafael Vaiilant
Kharis kai eirene
ResponderExcluirSei que andas muito ocupado, mas se for possível falar em seu blog a respeito do Mestrado Profissional, eu e os demais blogueiros que frequentam o vosso blog lhe seremos gratos.
Esdras